sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

BREVES ANOS

Já é 09 de janeiro de 2009 e, portanto, está mais do que na hora da já tradicional reflexão de ano-novo da Cripta.

Após ter passado o ano de 2007 praticamente todo dentro das salas de aula da Escola da Ajuris (e andando três horas por dia de van), achei que 2008 iria passar num ritmo mais lento. Ledo engano. Mais uma vez, me vejo fazendo a retrospectiva de um ano que passou voando.

Só que este ano eu me dei conta de uma verdade que sempre me passou despercebida. É o seguinte: quando a gente é criança ou adolescente, o período de um ano é uma epopéia, um capítulo inteiro de nossas vidas, uma pequena eternidade. Quase material para um romance, assim como cada ano de escola do Harry Potter é um livro inteiro da saga do personagem. Dizer para um adolescente "ah, deixa isso pro ano que vem" ou "ah, deixa isso para daqui cem anos" dá rigorosamente no mesmo.

Mas a verdade é, simplesmente, que um ano não é grande período de tempo. Não para comportar todas as expectativas, planos e metas que a gente se impõe a cada começo de ano. Não para dar conta de conciliar uma vida profissional com o lazer, a família, os amigos e os projetos pessoais. Um ano é pouquinha coisa mesmo. E essa é uma idéia dura de assimilar, porque afinal de contas a gente não vive em média quinhetos ou mil anos, e sim tão somente algumas décadas. E admitir que um ano passa naturalmente rápido implica em ter em mente que as nossas próprias vidas são muito mais breves do que nós gostaríamos de imaginar, ou que nos parece antes da entrada na vida adulta, quando um ano parece um século e consequentemente nós nos imaginamos como alguma coisa análoga a um Highlander ou vampiro Lestat, com milênios pela frente.

Bom, então se os anos são curtos e a vida é curta, até desnecessário dizer que a vida é especial. E que é importante trabalhar no sentido de ser feliz. E sob essa ótica eu só posso me despedir de 2008 com alegria, porque encerrei o ano sentindo-me feliz. Não fiz tudo o que gostaria e nem realizei todos os meus planos. Mas me senti muito mais presente e vivo do que em 2007, e acho que no geral sou obrigado a concluir que o ano de 2008 atingiu as expectativas que eu tinha para ele no final de 2007.

Enfim, foi um ano bom. Breve, mas bom.

Meus planos para 2009: primeiro, ler mais. Já faz uns dois anos que eu praticamente só leio livros jurídicos e termino o ano tendo lido uma fração do que eu lia nos tempos da faculdade. Preciso dar um jeito de me aprimorar nas ciências jurídicas sem emburrecer em literatura, história e filosofia.

Segundo, perder peso. Faltam três anos para eu virar um trintão e eu não posso me dar o luxo de manter esses dez quilos de sobrepeso que atualmente ostento. Como eu "adoooooro" exercícios físicos e alimentação saudável, tal tarefa para mim assume os contornos de um trabalho de Hércules. Mas azar o meu, tenho que colocar o "panceps" em dia.

Terceira meta: estudar mais. Embora pareça impossível pretender estudar mais do que eu já venho fazendo desde 2007, também isso é uma necessidade que se impõe. O negócio é correr porque se ficar o bicho come. Come e cospe os ossinhos num arroto.

Claro, eu teria outras metas: jogar mais games, sair mais com os amigos, passear mais com a Suzan e ter um ano mais produtivo com a minha banda. Mas só o tempo dirá quais dessas metas poderão ser compatibilizadas com as anteriores. Dezembro de 2009 logo estará aí, para me jogar na cara aquilo que não consegui realizar. E não vou nem me preocupar com isso porque, afinal de contas, pelo menos já me dei conta de que um ano é, simplesmente, pouco tempo.

Nenhum comentário: